“Para onde o mundo caminha?”, pergunta Stefan Salej, vice-presidente do Conselho do Comércio Exterior (Cosex) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), convidado especial da última reunião do Conselho de Relações Internacionais da ACMinas. A reunião foi marcada pelo debate sobre o novo acordo entre os blocos econômicos Mercosul e União Européia, e os reflexos que o mesmo pode ter na economia brasileira e mineira.
Ao iniciar a reunião, o presidente da ACMinas, Aguinaldo Diniz, destacou o auxílio do Embaixador nas mudanças significativas para a internacionalização do Brasil, e também, da entidade.
O Embaixador começou a reunião questionando se os países estão, ou não, caminhando para mais uma recessão econômica. Ele argumenta que, embora o Brasil seja um país com alto potencial econômico e grande relevância nos setores de mineração e serviços, em termos de inovação tecnológica, comparado a outras nações, o país ainda demanda muito fomento à pesquisas e incentivo para o desenvolvimento de empresas que atuam nessa área.
Stefan também aponta que o novo acordo é o melhor para o momento, mas não é benéfico para o Brasil, porque como esse acordo facilita o intercâmbio de empresas, as empresas europeias buscaram novos ares no Brasil, já que o mercado europeu se encontra saturado. Ele explica que nos próximos anos a entrada de empresas do continente europeu no Brasil será maior e alerta para o fato de que, nem todas as empresas brasileiras estão aptas para competir com as estrangeiras.
Para o presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da ACMinas, Sílvio Soares Nazaré, a hora é de buscar organização para transformar o que pode parecer um desastre em oportunidade.
“Tivemos aqui uma palavra muito contundente do Salej, que vai nos ajudar a caminhar de forma mais lúcida tendo em vista os acordos que estão sendo firmados. Não foi uma palavra de um futuro muito brilhante. São nesses momentos que a gente precisa se alicerçar, desenvolver conhecimento e, como Associação Comercial, ajudarmos as empresas a vislumbrarem de uma forma mais adequada esse cenário, para que elas sejam capazes de fazer parte da competição global”, afirmou Nazaré.
O debate, após a reunião, foi construído a partir de reflexões sobre os impactos do momento econômico e como as empresas devem se preparar para a chegada da concorrência estrangeira. Em sua fala final, Aguinaldo Diniz refletiu sobre a necessidade das empresas de investirem em conhecimento tecnológico que possa ser incorporado nos processos da produção interna de modo a potencializar a produção brasileira para conquistar novos mercados.
4ª Reunião do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da ACMinas
Apresentação 4ª Reuniao CERI
Apresentação Stefan Bogdan Salej
Austria no Acordo Mercosul-UE
Mercosul-UE