Inovação
Minas Gerais incentiva a inovação por meio de diversos projetos de estímulo à criatividade e ao empreendedorismo. Um desses projetos é a Trilha Mineira da Inovação(TMI), uma iniciativa estratégica para congregar as principais instituições do estado. A principal função da TMI é orientar seus usuários a encontrar a solução mais adequada à sua demanda em um momento específico, conectando-os com os diversos parceiros do projeto.
Minas Gerais se destaca também por ter o único centro de P&D da Google na América Latina, a Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica – CIIT, além do centro de P&D da Embraer, a Helibras, dentre outras.
Atualmente, estão em operação três parques tecnológicos, em Belo Horizonte, Itajubá e Viçosa e outros três em fase de construção, em Uberaba, Juiz de Fora e Lavras. Todos esses parques possuem cooperação com as universidades locais, garantindo permanente cooperação acadêmica com as empresas sediadas.
Empresas do estado podem contar com linhas de financiamento específicas para inovação. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, oferece linhas de crédito pró-inovação, destinadas a empresas que apresentam projetos inovadores e a empresas que estejam instaladas em algum parque tecnológico do estado.
Minas Gerais concentra uma grande quantidade de startups, ficando atrás somente do estado de São Paulo. Pode-se destacar o renomado San Pedro Valley como a comunidade de startups mais importante, no entanto existem outras espalhadas pelo estado : Zero40 (Juiz de Fora), ZebuValley (Uberaba), Uberhub (Uberlândia), Vale da Eletrônica (Santa Rita do Sapucaí), Vale do Conhecimento (Itabira), Santa Helena Valley (Sete Lagoas), Libertas Valley (Itaúna) e Vale dos Inconfidentes (Ouro Preto).
San Pedro Valley de Belo Horizonte
Eleita por duas vezes como a melhor comunidade de startups do Brasil pela Spark Awards e figurando entre as dez iniciativas mais expressivas do país, o San Pedro Valley é um ecossistema localizado no bairro São Pedro, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Mais de 580 empresas de base tecnológica, entre as quais aceleradoras, incubadoras, espaços de trabalho compartilhado e empresas de venture capital, compõem o conjunto. Sambatech, Hotmart, Méliuz, Rock Content, Sympla são algumas das que estão estabelecidas no ecossistema.
Economia Criativa
A Economia criativa é todo tipo de obra, produto, conteúdo e serviço que tenha como elemento principal a inventividade humana. A Agência de Desenvolvimento da Indústria Criativa de Minas Gerais conduziu um estudo sobre os impactos da economia criativa no cenário econômico do estado. Os resultados foram 457 mil empregos formais e cerca de R$ 788 milhões de renda mensal do trabalho, o que corresponde a cerca de 10% do total de empregos de Minas Gerais.
A economia criativa mineira é composta por mais de 63 mil empresas, o equivalente a 12% das empresas criativas do Brasil, sendo a maioria de micro e pequeno porte. Embora pulverizada por todas as regiões do estado, as atividades criativas concentram-se nos polos de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia e Contagem.
Cabe mencionar a P7 Criativo, um hub de inovação e economia criativa que visa promover negócios que têm a criatividade e a inovação como peças fundamentais. Seu objetivo é criar uma comunidade ativa de empresas e profissionais das áreas de audiovisual, moda, software, design, comunicação, arquitetura, games, música, pesquisa e desenvolvimento, arte, cultura e gastronomia. A P7 age como uma facilitadora, estimulando o surgimento de ideias e sinergia entre os negócios, além de conectar investidores a coletivos, artistas, grupos culturais, empresas de todos os portes, criadores, associações e outros detentores de boas ideias, em Belo Horizonte.
Indústria Têxtil
A indústria têxtil mineira está entre as maiores do Brasil, empregando mais de 100 mil pessoas. No ano de 2021, a indústria cresceu 11,4% e junto com o setor de confecção gerou em torno de 8,3 mil empregos diretos, segundo
dados do Diário do Comércio. Minas Gerais representa a terceira maior produção têxtil do país, ficando atrás somente de São Paulo e Santa Catarina.
A indústria da moda mineira exporta majoritariamente para Estados Unidos, Argentina, Vietnã, Hong Kong e Colômbia, no entanto os principais destinos da exportação de produtos têxteis são para os vizinhos Argentina, Colômbia, Equador, Bolívia e Peru.
O Estado sedia o maior evento de negócios de moda da América Latina, o Minas Trend Preview, que é promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Em duas edições anuais, o encontro reúne toda a cadeia da indústria da moda, representada por expositores de vestuário, calçados e acessórios.
Tecnologia da Informação
Pela sua dimensão e até pela localização geográfica, Minas Gerais tem uma posição estratégica no desenvolvimento e implementação da Tecnologia da Informação e nas Telecomunicações. O mercado mineiro apresenta cerca de 5 mil empresas com faturamento anual de R$2,3 bilhões e gera cerca de 33 mil empregos diretos. Dessas empresas, 70% encontram-se na região metropolitana de Belo Horizonte.
Além disso, quatro entidades representativas do setor de TI (Assespro-MG, Fumsoft, SINDIFOR e Sucesu Minas) se uniram aos governos federal, estadual e municipal de Belo Horizonte em prol do programa MGTI 2022. Esse programa visa colocar Minas Gerais em destaque nacional e internacional na área de TI. O Projeto se estrutura para capacitar, gerar negócios, adequar o sistema regulatório e criar um polo empresarial de Tecnologia, Informação e Empreendedorismo (TIE).
Eletroeletrônica
Minas Gerais se orgulha de apresentar um Vale da Eletrônica, muitas vezes comparado ao Vale do Silício, presente na Califórnia, Estados Unidos, localizado na cidade de Santa Rita do Sapucaí, município com 43 mil habitantes, a 387 km de Belo Horizonte. É a primeira cidade na América Latina a ter uma escola técnica de eletrônica e a primeira faculdade de Engenharia de Telecomunicações do Brasil.
Santa Rita abriga, nos dias atuais, mais de 170 pequenas e médias empresas nas áreas de eletrônica, automação industrial, telecomunicações, software, eletromedicina e outras na área de engenharia. Graças a essa diversidade de empresas, formou-se uma cadeia produtiva entre governo, academia e empresas. A cidade é sede do APL Eletroeletrônico Sul Mineiro (Arranjo Produtivo Local), oferecendo produtos, serviços e oportunidades de emprego para todo o Brasil.
Biotecnologia
A biotecnologia é a aplicação de organismos, sistemas ou processos biológicos. Conhecida também como “Ciências da Vida”, tem um papel relevante no aumento da produtividade agrícola, na área de saúde e de energia. O Estado é considerado um dos maiores polos de Ciências da Vida do Brasil, com seis incubadoras e três aceleradoras, dando destaque às Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) que estão distribuídas por Minas Gerais. Vale destacar a cidade de Belo Horizonte, que apresenta um dos principais clusters de ciências da vida da América Latina, composto por mais de 300 empresas que geram mais de 4000 empregos no setor.
O mapa a seguir mostra as regiões onde essas instituições se concentram:
Aeronáutico
Este setor é estratégico para Minas Gerais, alvo de estudos para intensificação e viabilização de oportunidades para diversas áreas econômicas do estado. Estão presentes 86 aeródromos e aeroportos, além de três grandes polos do setor, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), em Itajubá e em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas. Importantes empresas estão presentes no estado: Embraer, com seu centro de P&D em Belo Horizonte; a Helibras, única fabricante de helicópteros da América Latina, e a GOL, que mantém um centro de manutenção avançada próximo ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
Automotivo
A produção de veículos automotores no estado é responsável por cerca de 16% dos empregos gerados, além de ser o quarto maior setor produtivo em exportações de Minas Gerais. É o segundo polo automotivo do país, tendo a Stellantis como principal empresa do estado. Stellantis é o resultado da fusão entre a Fiat Chrysler(FCA) e o grupo PSA, englobando 20 marcas das duas fabricantes se tornando a quarta maior montadora do mundo.
O entorno da fábrica, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é povoado por centenas de indústrias de autopeças que atendem à montadora italiana, instalada no Brasil em meados da década de 1970. Outras empresas importantes instaladas em Minas Gerais são a Mercedes-Benz, instalada em 1999 em Juiz de Fora, e a Iveco, instalada em Sete Lagoas nos anos 2000.
Minas Gerais ganha destaque nacional ao abrigar unidades fabris das empresas GE Transportation, EMD Equipamentos e Serviços Ferroviários (subsidiária da Caterpillar) para produção de locomotivas. As duas empresas – ambas americanas – são as únicas fabricantes do país de locomotivas para trens de carga.
Mineração
Devido a sua vasta extensão territorial, o Brasil apresenta diversos tipos de formações geológicas, ocasionando uma diversidade mineral relevante para o setor. Minas Gerais corresponde a 53% da produção de minério de ferro do país e 29% dos minérios no geral, além de ser o maior extrator de fosfato, ouro, zinco e nióbio. No caso do nióbio, Minas Gerais produz o equivalente a 75% do que é produzido no mundo. Diversos outros minerais são produzidos no estado, como bauxita, manganês, paládio, prata, dolomito, filito, quartzo, calcário, chumbo, feldspato, granito, zircônio, cobalto, enxofre, níquel, barita e manganês. Em 2021, o item mais exportado do estado foi o minério de ferro, correspondendo a 48% do total exportado pelo Estado.
O mapa abaixo mostra a distribuição da produção de alguns minerais pelo estado:
Construção Civil
É um setor muito importante para a economia de Minas Gerais por gerar empregos e ser fonte de inovação e evolução. Empresas de grande porte estão presentes nas cadeias produtivas, desenvolvendo desde matérias-primas e insumos até imóveis para o mercado imobiliário e obras públicas de grande porte, melhorando a infraestrutura do estado.
Esse setor é de extrema importância, pois, além de contribuir para a redução do déficit habitacional brasileiro, ajuda a movimentar outras cadeias de serviços: financeiro, comercial, tecnológico, transportes, consultorias e capacitações.
Minas Gerais também conta com um número crescente de construções sustentáveis que prometem beneficiar não somente o meio ambiente, mas promover uma redução de custos desde a fase de construção até o ciclo de vida do empreendimento. As certificações LEED (do inglês, Leadership in Energy and Environmental Design) e AQUA (Alta qualidade Ambiental), versão brasileira adaptada do HQE (Haute Qualité Environnementale), apresentam parâmetros a serem considerados na construção de obras com melhor gestão ambiental.
O processo de certificação Aqua-HQE chegou ao Brasil em 2008. É aplicado com exclusividade pela Fundação Vanzolini, que adaptou o processo francês à cultura, ao clima e à legislação brasileira.
Agropecuária
O agronegócio mineiro é um dos setores que se destacam internacionalmente no estado, sendo um dos pilares das exportações. A diversidade e a riqueza são as âncoras que impedem retrações maiores em períodos desfavoráveis internacionalmente, como foi o caso dos últimos anos. De acordo com dados da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais(FAEMG), o setor movimentou RS$ 120,061 bilhões .
Um destaque para o agronegócio mineiro tem sido o comércio exterior, que em 2021 exportou o equivalente a US$ 9,51 bilhões, com alta de 19,2% frente a 2020, segundo dados da FAEMG. Essa alta pode ser responsabilizada pela valorização no preço das commodities, que foram exportadas para 176 países diferentes, sendo a China o principal comprador.